O governo francês iniciará esta semana uma série de retificações ao orçamento geral da nação de 2012 com o objetivo de adaptá-lo às complicadas condições econômicas. A primeira versão destes ajustes será apresentada na quarta-feira (04/07) ao Conselho de Ministros pelo titular de Economia e Finanças, Pierre Moscovici, e seu ponto de partida consiste em reduzir a previsão de crescimento para este ano.
Moscovici reconheceu que depois do estancamento do PIB (Produto Interno Bruto) durante o primeiro semestre e devido ao prognóstico de um fraco crescimento entre julho e dezembro, o crescimento anual da economia não passará de 0,4%. Durante sua campanha, o atual presidente François Hollande apresentou um plano de trabalho baseado em um incremento de 0,5 pontos do PIB.
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O diário especializado Les Echos assinala nesta segunda-feira (02/07) que o crescimento real para a França será inferior a essas cifras. A isso se acrescentam despesas de 1,5 bilhões de euros no orçamento herdadas do governo anterior, para as quais não se previu nenhuma fonte de financiamento, segundo declarou o ministro.
“Tudo isso”, afirmou, “nos obrigará a fazer uma série de retificações para atingir os objetivos de diminuir o déficit fiscal a 4,5% do PIB em 2012 e situá-lo a três pontos no próximo ano”.
Nesta segunda-feira, o tribunal de contas entregará os resultados de uma auditoria solicitada por Hollande para conhecer a verdadeira situação dos recursos do Estado. Já o premiê Jean-Marc Ayrault adiantou que a partir de 2013, os orçamentos dos ministérios considerados não estratégicos serão congelados, com o propósito de diminuir a despesa pública.