Grupos muçulmanos condenaram nesta quinta-feira (23/05) o “assassinato bárbaro” de um soldado britânico cometido nesta quarta-feira (22) em Londres por supostos radicais islâmicos. O pedido é que a comunidade internacional não se precipite em seus juízos.
Em comunicado, o Centro Islâmico de Greenwich qualificou o assassinato de “tragédia horrível e desprezível” e assegurou que a comunidade muçulmana está “profundamente em choque e entristecida por ter presenciado um crime terrível na vizinhança”.
O ataque foi feito com uma faca no bairro de Woolwich (sudeste de Londres) por dois indivíduos. Segundo informações da imprensa europeia, eles têm origem muçulmana e foram detidos após o atentado, invocando o nome de Alá.
Perante os incidentes registrados na noite de ontem em duas mesquitas na Inglaterra, pelos quais duas pessoas foram detidas, esse grupo pediu aos meios de comunicação “para não se apressarem em seus juízos e esperar as investigações finais da Polícia, neste momento de confusão, incerteza e de emoções carregadas”.
O Conselho Muçulmano do Reino Unido também condenou “sem reservas” o assassinato do soldado, que qualificou de “um ato bárbaro, sem nenhuma base no Islã”. O jornal The Independent revelou que o ex-líder da organização islamita proibida Al Muhajiroun reconheceu um dos dois suspeitos do ataque, com o qual disse ter participado de reuniões desse grupo.
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Anjem Choudary, ex-líder de uma organização muçulmana, definiu o suspeito, conhecido como “Mujahid”, como “um rapaz agradável e tranquilo”, que se converteu ao Islã em 2003. “Era um tipo completamente normal, simplesmente interessado no Islã, em memorizar o Corão. Desapareceu há uns dois anos e não sei que influências teve desde então”, disse Choudary.
Fundada em 1983 pelo islamita Omar Baakri Muhammad, Al Muhajiroun adquiriu notoriedade por ter tentando justificar os atentados terroristas do dia 11 de setembro de 2001 contra os EUA e fomentar a retórica islamita no Reino Unido.