No dia 24 de setembro de 1988, o velocista canadense Ben
Johnson assombrou o mundo ao vencer os 100 metros rasos nos
Jogos Olímpicos de Seul, diante do norte-americano Carl Lewis, e de quebra
fulminar o recorde mundial com a marca de 9s79.
O triunfo de Johnson, no entanto, foi efêmero. Três dias
depois, um teste antidpoing deu positivo para esteróides anabolizantes. Seu
recorde do mundo seria excluído dos registros da IAAF (Associação Internacional
das Federações de Atletismo, em sua sigla em inglês) e a medalha de ouro
atribuída ao segundo colocado, Lewis.
Aquele que a imprensa havia apelidado de “Big Ben”
tornou-se, então, um pária do esporte. O doping estava longe de ser uma
novidade, mas em se tratando da principal prova do atletismo olímpico, pegou a
todos de surpresa.
Ben Johnson havia mudado com sua família para os subúrbios
de Toronto de sua nativa Jamaica ainda adolescente. Logo começou a praticar
corridas rasas no Clube de Atletismo Scarborough Optimists, treinado pelo
técnico Charlie Francis da equipe nacional de atletismo do Canadá.
Em 1984, Johnson conseguiu se classificar para os Jogos
Olímpicos de Los Angeles, terminando em 3º lugar com o tempo de 10s22, menos de
três décimos de segundo do campeão da prova, o norte-americano Carl Lewis. O
canadense deixou Los Angeles determinado a retornar aos Jogos Olímpicos de 1988
e, desta vez, levar para casa a medalha de ouro.
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No campeonato mundial de atletismo de Roma, em 1987, Johnson
havia corrido os 100
metros em fantásticos 9s83, estabelecendo um novo
recorde mundial e alertando o mundo desportivo de que ele não era apenas um
corredor qualquer. Carl Lewis fez a sua melhor marca, 9s93, mas teve de se
contentar com o segundo lugar.
Quando Johnson parecia estar atingindo o auge da forma,
acabou lesionando o tendão atrás do joelho. Após uma segunda lesão em maio de
1988, o juízo convencional era de que não estaria em plena forma em Seul. Entrementes,
nas eliminatórias olímpicas norte-americanas, Lewis correu os mais rápidos 100 metros à época –é
certo que, com ajuda do vento a favor, o recorde não pôde ser registrado– em
9s78, reassumindo a condição de favorito nos Jogos que se aproximavam.
Em 24 de setembro, na final dos 100 metros, Johnson
alinhou-se na raia 6, enquanto Lewis tomou posição na raia 3, e outro corredor
perigoso, Linford Christie, da Grã Bretanha, postou-se na raia 4. Johnson teve
uma partida explosiva e embora Lewis fosse conhecido por sua chegada veloz e
tenha batido o recorde norte-americano nesta prova com 9s92, simplesmente não
conseguiu se recuperar, terminando alguns passos atrás de Johnson. Após a
corrida, Johnson declarou aos repórteres: ''O importante foi derrotar Carl.
Este era o meu principal objetivo, não o recorde mundial.Apenas bater Carl
Lewis para ganhar a corrida.''
Em 27 de setembro, o resultado do teste na urina de Johnson
foi um escândalo. Ele negou ter usado esteróides intencionalmente, afirmando
que houve infusão de algo numa bebida de ervas que lhe havia sido oferecida
antes da prova.
O Comitê Olímpico Internacional recusou-se a aceitar sua
explicação, e Johnson foi destituído de sua medalha de ouro.
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