O fim do conflito em El Salvador ocorreu mediante a assinatura, em 31 de dezembro de 1991, dos Acordos de Paz de Chapultepec, que permitiram a entrada da Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional (FMLN) no cenário político-eleitoral do país.
Os Acordos de Paz de Chapultepec foram um conjunto de negociatas entre o governo de El Salvador e a FMLN que puseram fim a doze anos de guerra civil no país.
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As primeiras mediações entre governo e guerrilha foram meras aproximações ao diálogo, sem concretizar acordos que desenbocassem no fim do conflito. Depois de várias rodadas de negociação, o número de vítimas seguia crescendo e a polarização política dificultava a conclusão pacífica do conflito.
Em 1989, depois da intervenção das Nações Unidas, iniciaram-se negociações que estabeleceram acordos concretos para o fim do conflito. Nomearam-se comissões negociadoras de ambas partes e se estabeleceu uma agenda para tratar dos pontos críticos. Como resultado, produziram-se vários modificações na Constituição de El Salvador, que permitiram que ambas as partes cedessem até que se alcançasse um consenso.
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O documento final dos acordos dividiu-se em nove capítulos, que abarcaram seis áreas fundamentais: modificação das forças armadas de El Salvador; criação da Polícia Nacional Civil; modificações no sistema judicial; defesa dos Direitos Humanos; modificação no sistema eleitoral e adoção de medidas no campo econômico e social. Uma missão especial das Nações Unidas concluiu seu trabalho após três anos e assegurou o cumprimento dos acordos.
O conflito
A Guerra Civil de El Salvador foi um conflito armado entre o governo de direita de El Salvador e a guerrilha de esquerda, organizada em torno da Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional.
Os Estados Unidos, que no contexto da Guerra Fria temiam a repetição de processos semelhantes ao da Revolução Cubana no restante da América Latina, apoiaram as forças governistas, com a transferência de sete bilhões de dólares ao longo de dez anos.
A tensão no país aumentou com o golpe militar liderado por José Napoleón Duarte, que levou a Junta Revolucionária de Governo ao poder. Com o assassinato do arcebispo de San Salvador, Oscar Romero, opositor ferrenho do novo regime, iniciou-se uma guerra civil em larga escala.
A Guerra Civil de El Salvador teve um efeito devastador sobre a população do país, deixando entre 60 e 80 mil mortos e outros dois milhões de desabrigados e exilados.
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