Ao menos 11 pessoas morreram em Honduras em um enfrentamento armado entre camponeses e seguranças de fazendeiros em Bajo Aguán, região norte do país.
De acordo com o ministro da Segurança, Óscar Álvarez, o confronto teria se originado em decorrência de disputas de terras. Seis pessoas morreram no domingo (14/08) e os corpos de outras cinco, três homens e duas mulheres, foram encontrados na segunda-feira (15/08) perto do crematório municipal de Tocoa, no estado de Cólon.
Leia mais:
Acordo define retorno de Zelaya e reinserção de Honduras à OEA
'Nem mesmo Zelaya pode garantir sua segurança em Honduras', diz refugiado da resistência
Falta vontade política para resolver problemas de Honduras, diz ativista de direitos humanos
As terras de Bajo Aguán, uma região fértil com cultivo de palmeiras africanas, bananeiras e frutas cítricas, estão nas mãos de alguns poucos fazendeiros que as adquiriram dos camponeses beneficiados pela reforma agrária e que, agora, lutam para recuperá-las.
Nas disputas de terra, já morreram cerca de 50 trabalhadores, segundo dirigentes do Muca (Movimento Unificado Campesino do Águan).
Para evitar novos enfrentamentos violentos, Álvarez anunciou o envio de 600 militares e policiais, que formaram uma força-tarefa conjunta para organizar a segurança na região, em uma operação que foi chamada de Xatruch II.
Leia mais:
Na Honduras pós-golpe, movimentos sociais tentam evitar volta do latifúndio
Camponeses hondurenhos perdem o controle das terras nos anos 1990
Após acordo com governo, hondurenhos querem reforma agrária “integral”
O ministro informou que a ordem é para que armas de fogo sejam apreendidas e que as pessoas encontradas com elas sejam acusadas pelos tribunais por porte ilegal de armas, que dá até nove anos de prisão sem direito ao pagamento de fiança.
O vice-ministro de Segurança, Armando Calidonio, disse que no confronto de domingo “cerca de 300 supostos camponeses atacaram a tiros os agentes, que defenderam a propriedade”. Segundo ele, quatro dos mortos eram guardas de segurança.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL