As populações indígenas de todo o mundo correm um risco mais alto de contrair a gripe A (H1N1), já que muitas têm um sistema imunológico fraco, além de problemas de saúde, advertiu hoje (30) a organização Survival International.
Em um relatório divulgado em Londres, a organização aponta que os indígenas da América Latina, Austrália e do Canadá foram afetados pela pandemia da doença, devido ao fato de que muitos viverem na pobreza, além da grande quantidade de casos de diabetes, obesidade e alcoolismo.
Javier Mamani/EFE (22/09/2009)
Crianças se banham em San Miguel del Bala, Bolívia
De acordo com o informe, há preocupação também com tribos isoladas que não têm imunidade a doenças estrangeiras e que poderiam facilmente adoecer com gripes leves. Membros da tribo Matsigenka, da Amazônia peruana, já foram atingidas pela gripe A.
Estas povoações registraram uma média de 130 casos de gripe em cada 100
mil pessoas, comparado com somente 24 em cada 100 mil na população
geral, acrescenta a Survival International.
Stephen Corry, diretor da organização, disse que o fato de os índios serem afetados pela gripe A não é surpresa. “Anos de colonialismo e políticas agressivas os deixaram com sérios problemas de saúde. Esse relatório deveria também servir como um alerta aqueles governos que vêm ignorando as necessidades básicas de saúde de suas populações mais vulneráveis por tanto tempo”.
Leia o relatório completo aqui
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