Integrantes da campanha “Bem-vindo à Palestina”, que previa a chegada em massa ao aeroporto internacional de Tel Aviv de 1.500 ativistas para participar de um evento em Belém, na Cisjordânia, começaram a ser soltos pelas autoridades israelense nesta terça-feira (17/04). Cinquenta e oito ativistas foram presos no domingo (15/04) após tentarem entrar pela capital do país e serão deportados entre hoje e amanhã para seus países de origem.
A campanha “Bem-vindo à Palestina” foi apelidada pelo ativistas de “Flytilla”, num jogo de palavras que faz alusão à “Flotilha da Liberdade”, em 2010, quando centenas de manifestantes internacionais tentaram cruzar o bloqueio naval israelense à Faixa de Gaza. Na ocasião, nove ativistas turcos foram assassinados por militares israelenses.
Após a ação da polícia israelense no domingo, 21manifestantes aceitaram voltar voluntariamente e já deixaram Israel. Outros 300 ativistas, no entanto, nem conseguiram embarcar para Tel Aviv depois que o governo israelense enviou uma lista de nomes às companhias aéreas, alertando para o fato de que as empresas arcariam com os custos da viagem de volta desses passageiros.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou a polícia e o Ministério das Relações Exteriores por terem conseguido frustrar os planos dos ativistas. O premiê afirmou que, se eles quiserem checar violações dos direitos humanos, “devem viajar para a Síria ou para o Irã”. No entanto, a imprensa israelense acusou as autoridades de “histeria” diante de pacifistas inofensivos. Um colunista sugeriu que o governo deveria ter dado flores aos visitantes e cuidado do transporte deles até Belém, para provar que Israel é uma democracia.
NULL
NULL