Centenas de jovens indianos de classe média dominavam nesta quarta-feira (17/08) uma manifestação perto da prisão de Nova Délhi na qual está detido o ativista Anna Hazare.
Fiel seguidor da doutrina da não violência predicada por Mahatma Gandhi e das greves de fome às quais este recorreu para conseguir a independência da Índia, Hazare foi detido na terça-feira quando se dispôs a iniciar uma greve similar em protesto pela corrupção no país.
Embora horas depois o governo indiano tenha lhe concedido a liberdade condicional, o ativista, que descreveu seu movimento como “uma segunda luta da nação pela liberdade”, se recusou a sair até que as autoridades se comprometam a permitir que prossiga com seu jejum no parque Jai Prakash Narayan de Nova Délhi.
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Desde então, centenas de pessoas se reúnem diante de uma das portas da prisão na qual o ativista está detido.
“Esta é a maior luta desde Gandhi”, disse à agência de notícias Efe o estudante Shiv Mishra, que ressaltou que a corrupção é “um grande problema” do país asiático pelo qual a classe política é o “principal responsável”.
“Será um processo longo, mas se as pessoas não lutam, quem o fará?”, questionou.
Mishra é apenas um dos muitos jovens que, vestidos com os impecáveis uniformes de seus colégios e faculdades, chegaram em grupo à prisão de Tihar para protestar contra a corrupção.
Os jovens, a maioria de classe média e com um nível de escolaridade ao qual muitos de seus compatriotas não têm acesso, seguravam cartazes e cantavam lemas contra a corrupção no país.
Este segmento da sociedade, acusado em algumas ocasiões de conservador e acomodado, era nesta quarta-feira o predominante diante da prisão.
Junto a eles também estavam homens e mulheres adultos e idosos entre os quais se incluíam trabalhadores e desempregados e pessoas procedentes de diferentes partes da capital indiana.
“Há muita gente jovem e isso é bom. É importante que se preocupem com o futuro do país”, disse Happy Singh, um universitário de 25 anos em declarações à Efe.
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