O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, defendeu nesta quarta-feira (17/08) as sentenças dadas a acusados pela onda de violência e saques na Inglaterra durante a semana passada. Para deputados, senadores e defensores dos direitos humanos, algumas sentenças dadas às 1.277 pessoas que foram indiciadas são consideradas excessivas.
Ontem (16/08), dois homens foram condenados a quatro anos de prisão por usar o Facebook para incitar a participação nos distúrbios. Ninguém respondeu aos pedidos dos dois sentenciados, que tentavam estimular outros usuários do Facebook a participar dos protestos. Um dos sentenciados Jordan Blackshaw, de 21 anos, disse que vai recorrer.
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Cameron disse, entretanto, que os tribunais estão enviando “uma mensagem dura”. “Cabe às cortes tomar decisões sobre as sentenças, mas eles decidiram enviar uma mensagem dura e é muito bom que as cortes se sintam capazes de fazê-lo”, disse o primeiro-ministro.
Ativistas do Reino Unido condenaram o rigor imposto às sentenças dadas aos envolvidos nos distúrbios da semana passada. O grupo de defesa dos direitos humanos Liga Howard de Reforma Penal disse que algumas das condenações são desproporcionais aos crimes cometidos.
No entanto, policiais, juízes e ministros do governo britânico disseram que o rigor imposto nas sentenças transmite a mensagem de que a desordem pública não será tolerada.
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