Cerca de 100 chefes de Estado e milhares de sul-africanos estão reunidos nesta segunda-feira (10/12) no estádio FNB, em Johannesburgo, para o funeral de Nelson Mandela, morto na última sexta-feira (06) aos 95 anos. A cerimônia teve início às 8h (horário de brasília) com a execução do hino nacional da África do Sul e o discurso emocionado de líderes sul-afircanos ligados ao ex-presidente. Dilma Rousseff, Raúl Castro e Barack Obama farão discurso no funeral.
A cerimônia religiosa de Mandela reunirá o maior número de chefes de Estado da história. O recorde atual foi registrado no funeral do papa João Paulo II, em 2005, com a presença das autoridades máximas de 70 países. De acordo com o governo da África do Sul, mais de 90 chefes de Estado confirmaram presença e o número ainda não foi fechado.
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Os líderes mundiais começaram a chegar na segunda-feira (9) a Joanesburgo. Um dos primeiros foi o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, que relembrou a mensagem de reconciliação pregada por Mandela depois de 27 anos na prisão.
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A presidente Dilma Rousseff chegou de madrugada acompanhada dos ex-presidentes Lula, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney. Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama também chegaram juntos ao funeral.
No sábado, o corpo vai sair do palácio presidencial, em um cortejo pelas ruas de Pretoria até uma base militar. De lá, segue em um avião da força aérea rumo ao sul até a cidade de Mthatha. No último trecho, mais um cortejo vai levar o caixão por 31 quilômetros até Qunu, o vilarejo onde Mandela passou a infância, e onde pediu para ser enterrado.
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A partir de quarta-feira e por três dias, os sul-africanos e todos aqueles que foram ao país vão ter a chance de chegar muito perto do corpo de Mandela. Ele vai ficar exposto em uma estrutura montada na frente do palácio presidencial, dentro de um caixão coberto com uma tampa de vidro. Para milhares de pessoas, vai ser o último adeus ao homem que representou dignidade, perseverança reconciliação. Uma das figuras mais importantes da história recente.
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Andrew Mlangeni, ex-companheiro de Nelson Mandela na prisão Robben Island, foi um dos primeiros a discursar na cerimônia. Ele disse que o ex-presidente “sorri do céu” ao ver seu país unido pelo luto por sua morte. “Não resta dúvida de que Mandela sorri ao ver a nação unida”, disse Mlangeni.