O ministro da Defesa de Israel e atual líder do Partido Trabalhista, Ehud Barak, anunciou nesta segunda-feira (17/01) a saída da legenda que integra para formar, junto a outros quatro correligionários, um novo partido, o Independência.
“Solicitamos à Comissão do Parlamento a formação de uma nova facção que receberá o nome de Independência (…) Um partido sionista e democrático”, anunciou Barak em entrevista coletiva no Parlamento israelense (Knesset) em Jerusalém.
Acompanhado pelos deputados trabalhistas Matan Vilani, Shalom Simhon, Eitan Wilf e Orit Noked, Barak disse que a nova legenda tentará resgatar o espírito do partido esquerdista israelense Mapai do histórico dirigente David Ben Gurion.
Leia mais:
Bloqueio a Gaza é castigo coletivo injustificável, diz relator da ONU
Após Netanyahu: cerco se fecha para as comunidades árabe-palestinas
Grupos armados de Gaza retomam lançamento de foguetes contra Israel
Temendo ofensiva, Hamas pede a grupos militantes de Gaza que interrompam ataques a Israel
“Nossa ordem do dia será primeiro o Estado, depois o partido, depois a comunicação e finalmente nós”, declarou o titular da Defesa, que encorajou aos que pensam como ele a se somar à nova formação política que terá por missão defender “tudo o que seja bom e correto para Israel”.
Barak anunciou sua decisão após ter solicitado em carta à Comissão da Knesset abandonar o Partido Trabalhista para criar o novo partido.
Futuro no Parlamento
Ainda se desconhece que impacto terá esta surpreendente medida na coalizão de governo liderada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e que integram cinco ministros trabalhistas. Por enquanto, o partido conservador Likud, liderado por Netanyahu, instruiu seus membros para que apoiem a decisão de Barak, informam meios de imprensa locais.
O vice-ministro da Defesa Vilani, que decidiu acompanhar Barak em sua nova aventura política, manifestou no comparecimento de imprensa que o novo partido impulsionará as tentativas por retomar o processo de paz com os palestinos.
Leia mais:
Invadir Gaza é um erro político, diz analista israelense
Palestinos se despedem de 2010 agradecendo apoio da América Latina
Para centro palestino nos EUA, reconhecimento do Brasil pode ser decisivo
Marco Aurélio Garcia: reconhecimentos da Palestina refletem convergência na América Latina
Os trabalhistas, que governaram as três primeiras décadas da história do Estado de Israel, continuam sendo considerados o principal partido de esquerda neste país. Ele obteve o pior resultado de sua história nas eleições de fevereiro de 2009 que já despertaram os temores de uma cisão interna.
Quarta formação política de Israel com 13 deputados dos 120 cadeiras que integram o Parlamento, o Partido Trabalhista é membro da Internacional Socialista e vive há anos imerso em disputas internas.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL