A reunião de chanceleres e ministros da Defesa da Unasul aceitou as garantias formais oferecidas por Colômbia e Estados Unidos de que o acordo militar entre os dois países não afetará a soberania do resto da região, informa a BBC Mundo.
O encontro de ontem (27), em Quito, começou com a entrega de uma nota diplomática enviada pelo chanceler da Colômbia, Jaime Bermúdez, que não viajou para o Equador, assim como o ministro da Defesa, Gabriel Silva. No documento, Bogotá reitera que existem garantias de que o acordo com os Estados Unidos contém o princípio da “não intervenção nos assuntos internos de outros Estados”.
Na véspera, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, havia enviado uma carta aos membros da Unasul deixando “absolutamente claro” que haverá “total respeito à soberanía e integridade territorial de outros países”.
O chanceler do Brasil, Celso Amorim, mostrou-se satisfeito com a explicação colombiana. “Saio otimista dos debates. Houve avanços sobretudo numa questão que nos preocupava muito, as garantias formais”, disse.
Mas ficou em aberto o debate sobre uma eventual condenação à presença de bases estrangeiras na região.
O Equador, na condição de presidente temporário da Unasul, também mostrou satisfação. “Um dos melhores resultados da reunião foi termos um texto que nos garante plenamente a não intervenção extraterritorial”, disse o chanceler Fander Falconí.
O chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que em seu governo não há inocentes e, por isso, “os papéis devem se traduzir em feitos concretos”, e não se revelarem “enganações, como aconteceu em Honduras”.
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