O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, garantiu nesta terça-feira (22/11) seu governo levará “mais a fundo” as reformas institucionais em seu país do que “com relação ao governo anterior”, de Silvio Berlusconi.
Após um encontro em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, o premiê explicou que o programa entregue pelo governo anterior durante a última Cúpula do G20 será “o ponto de partida” para a aplicação de medidas em sua gestão.
Ele e Barroso não chegaram a entrar em detalhes sobre a questão da redução do déficit e do equilíbrio para o orçamento de 2013, mas apenas trataram sobre o tema em “termos gerais”, confirmou Monti após a reunião.
Na sexta-feira (25/11), ele receberá em Roma o comissário da União Europeia para Assuntos Financeiros e Econômicos, Olli Rehn, para debater pontos da política econômica italiana.
Por sua vez, Barroso admitiu que o desafio que Monti enfrentará “é imenso” e que seu governo “tem uma responsabilidade histórica”, mas advertiu, em específico aos mercados que não se pode esperar soluções milagrosas.
O presidente da Comissão Europeia indicou ainda que a Itália precisa de determinação na aplicação de medidas anunciadas, de esforço para manter um avanço primário e de intervenções para aumentar o potencial de crescimento.
Monti italiano comentou ainda que a visita a Bruxelas para se reunir com autoridades da UE “não faz parte da atividade internacional”, já que o bloco “é o lugar onde se expressa a melhor parte de cada Estado-membro”. Monti ainda defendeu que os países da zona do euro não devem criar divisões com as demais nações do continente, uma vez que “há fortes interesses comuns”.
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