EFE (7/9/2001)
Morreu hoje (11) em Paris, aos 89 anos, o cineasta francês Éric Rohmer, um dos nomes mais importantes da Nouvelle Vague dos anos 1960 e do cinema da França como um todo.
Nascido Jean-Marie Maurice Schérer em 4 de abril de 1920 em Nancy, no noroeste da França, tornou-se roteirista e cineasta e entrou para história por ser um dos criadores da corrente vanguardista da Nouvelle Vague (“nova onda”, em francês), junto com Claude Chabrol, Jean-Luc Godard e François Truffaut.
Formado em literatura e filosofia, foi professor, jornalista e crítico de cinema antes de começar a filmar.
Estreou em longas-metragens em 1959, com O Signo do Leão e se aposentou em 2007 com Os Amores de Astrée e Celadon, filme que ele mesmo apresentou no Festival de Veneza daquele ano.
Considerado um dos autores mais criativos do cinema francês, Rohmer realizou ao todo mais de 50 trabalhos.
Em sua filmografia, aparecem longas como A Colecionadora (1967), Minha Noite com Ela (1969), Noites de Lua Cheia (1984), O Joelho de Claire (1970) e O Raio Verde (1986). Mas ficou marcado como o autor de A Marquesa d'O (1976), do recente A Inglesa e o Duque (2001) e da tetralogia sobre as estações do ano, com Conto da Primavera (1990), Conto de Inverno (1992), Conto de Verão (1996) e Conto de Outono (1998).
A busca por realismo e a conduta humana caracterizaram seus trabalhos, de grande intimismo, frescor e simplicidade narrativa e técnica. Em suas obras, prevalece o plano geral que permite ao espectador refletir junto aos próprios personagens durante o desenvolvimento natural da trama, envolvida quase sempre em relações pessoais e no amor.
Éric Rohmer recebeu, entre outros prêmios, o Max Ophuls (1970), o Louis Delluc (1971), o de melhor filme do Festival de San Sebastián (1971), o Mélies (1971), o Grande Prêmio Nacional de Cinema (1977), o Leão de Ouro de Veneza (1986), o Prêmio da Crítica Internacional (1986) e o Leão de Ouro de Veneza pelo conjunto da obra (2001).
As causas da morte do cineasta ainda não foram divulgadas.
NULL
NULL
NULL