Na presidência temporária do Mercosul (bloco que reúne o Brasil, Uruguai, a Argentina e o Paraguai), o presidente do Uruguai, José Mujica, conversa nesta quinta-feira (20/10) com o presidente da União Europeia, José Manuel Durão Barroso, em Bruxelas, na Bélgica. A expectativa é que Mujica defenda um acordo de associação global equilibrado.
De 7 a 11 de novembro, em Montevidéu, haverá uma rodada de negociações entre integrantes dos dois blocos para negociar a adoção de regras de livre comércio. Os integrantes do Mercosul querem mais acesso ao mercado europeu, mas há restrições a essa demanda.
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Há cinco meses, as negociações entre o Mercosul e a União Europeia foram retomadas. Desde 2004, as conversas estavam paralisadas devido à falta de progresso na Rodada Doha, na OMC (Organização Mundial do Comércio) – que prevê a criação de novas regras para o comércio global. Segundo especialistas, as conversas políticas avançam, mas não há consenso sobre vários aspectos, como a redução de tarifas e as exportações de produtos agrícolas.
Para os europeus, facilitar a exportação de produtos agrícolas do Mercosul pode prejudicar os agricultores da União Europeia, causando perdas de até 3 bilhões de euros. Em passagem por Berlim (Alemanha), Mujica disse que apesar das dificuldades, um acordo do Mercosul com a União Europeia é avaliado “como questão estratégica.”
No começo deste mês, a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com o comando da União Europeia, em Bruxelas. Na conversa, Durão Barroso pediu que o Mercosul e a União Europeia façam um “plano de esforço conjunto” para combater os impactos da crise econômica internacional. Segundo ele, há a intenção de ampliar as parcerias entre os europeus e o Mercosul.
De acordo com Durão Barroso, será um “ganho para ambas as regiões”. Ele disse que o Mercosul investe mais nos 27 países da União Europeia do que a Rússia, a China e a Índia juntas. De forma semelhante reagiu o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, que destacou o papel desenvolvido pelo Brasil no cenário político e econômica internacional.
“Há planos ambiciosos. Minha expectativa é complementar as relações econômicas e comerciais”, disse Rompuy. “O Brasil é um importante, valioso e estratégico parceiro”, acrescentou, lembrando que as políticas adotadas no país são “expressivas”.
*Com informações da agência pública de informações do Paraguai, Ipparaguai
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