Em resposta ao discurso do presidente norte-americano Barack Obama nesta quinta-feira (19/05) que firmou as diretrizes da política externa dos EUA no mundo árabe, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a afirmar que não devolverá à Palestina os territórios ocupados em 1967, após a Guerra dos Seis Dias. Ele chegou a pedir que Obama apóie um compromisso de não exigir a retirada do povo judeu nesses territórios. As informações são da agência de notícias Efe e da multiestatal Telesur.
Por meio de um comunicado oficial, Netanyahu afirmou que “os grandes centros populacionais (colônias de Judéia e Samaria (como a Cisjordânia é referida pelos premiê) ficarão do lado de fora dessas fronteiras” entre Israel e o futuro Estado palestino.
Tais compromissos “também asseguram o bem-estar de Israel como Estado judeu ao deixar claro que os refugiados palestinos se estabelecerão no futuro Estado palestino, em vez de Israel”, ressaltou.
“Sem uma solução ao problema dos refugiados palestinos fora das fronteiras de Israel, nenhuma concessão territorial trará a paz”, acrescentou.
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Apesar da ter demonstrado resistência, o chefe de governo, que parte nesta mesma noite para os Estados Unidos, ressaltou seu “apreço pelo compromisso com a paz” de Obama, mas advertiu que ela só poderia ser “duradoura” se “a viabilidade do Estado palestino não chegar às custas da viabilidade do único Estado judeu”.
Também exigiu que o Exército israelense mantenha uma presença dentro do futuro Estado palestino ao longo do Rio Jordão.
Netanyahu exigiu também que os palestinos “reconheçam Israel como Estado-nação do povo judeu”.
O discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizado nesta quinta-feira (19/05) que anuncia os rumos da política externa norte-americana sobre os países árabes, deixou clara a posição a favor de um Estado palestino com fronteiras permanentes e baseadas em 1967, antes da Guerra dos Seis Dias.
“Apoiamos um Estado palestino viável e um Estado de Israel seguro. Dois Estados com fronteiras permanentes, baseadas em 1967, que devem ser seguras para os dois Estados. O povo palestino tem o direito de se auto-libertar”.
Por sua vez, O grupo islâmico palestino Hamas qualificou o discurso de Barack Obama como um “fracasso”, já que “não oferece solução alguma ao conflito árabe-israelense”. Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas, comparou o discurso de Obama em Washington a “jogar areia aos olhos do público”.
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