O presidente norte-americano, Barack Obama, pediu ao líder da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, que se negou a deixar o poder depois das eleições de novembro, para renunciar e evitar mais violência.
“As eleições do ano passado foram livres e justas, e o presidente Alassane Ouattara é o líder democraticamente eleito da nação”, disse Obama em mensagem de vídeo dirigida à Costa do Merfim, divulgada na noite de sexta-feira (24/03).
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Obama pediu sua renúncia para interromper a violência no país pelos enfrentamentos entre partidários de Gbagbo e do opositor Ouattara, que deixaram centenas de mortos.
A Comissão Eleitoral Independente considerou Ouattara vencedor do pleito de 28 de novembro, que foi reconhecido pela ONU e pela comunidade internacional.
Obama advertiu que, se Gbagbo não renunciar haverá “mais violência, mais civis inocentes feridos e mortos, e mais isolamento diplomático e econômico”.
O presidente pediu a Gbagbo que siga o exemplo de outros líderes que rejeitaram a violência, que segundo oAcnur (Alto Comissariado da ONU para os Refugiados) causou entre 700 mil e um milhão de deslocados e 500 mortes.
Obama se dirigiu diretamente à população da Costa do Marfim: “Vocês têm um passado de dar orgulho após ganhar a independência superando uma guerra civil, agora têm a oportunidade de realizar um futuro”.
Um futuro, disse, “cheio de esperança e não de medo”, ao mesmo tempo em que ressaltou que os marfinenses merecem líderes que possam restaurar seu lugar na comunidade internacional.
França e Nigéria apresentaram na sexta-feira perante o Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução sobre a Costa do Marfim, que pede a aplicação de sanções contra Gbagbo, sua esposa Simone, e vários membros de seu gabinete.
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