Ministros e altas autoridades dos países-membros da OEA (Organização dos Estados Americanos) pediram nesta quarta-feira (17/11), em Santo Domingo, políticas concretas que permitam combater os efeitos da mudança climática no continente.
As propostas foram formuladas na 2ª Reunião de Ministros e Altas Autoridades de Desenvolvimento Sustentável da OEA, que será realizada até sexta-feira (19/11) na Chancelaria da República Dominicana com a participação de delegados de 32 países.
O ato de abertura esteve a cargo do ministro da Economia dominicano, Temístocles Montás, que assinalou que muitas das vulnerabilidades que afetam os países do continente “estão associadas a padrões de produção e consumo insustentáveis, tanto em nível nacional, como em nível global”.
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Além disso, disse que as “soluções parciais e temporárias não são mais que remendos que cedo ou tarde irão se mostrar insuficientes e, em muitos casos, fazem com que os problemas ressurjam com maior força”.
Montás assinalou que é necessária uma participação coletiva e da comunidade internacional “para entender que muitas vezes é preciso renunciar ao lucro rápido a curto prazo e, em seu lugar, criar soluções, talvez mais custosas a curto prazo, mas mais duradouras e com menos impacto ambiental negativo a médio e longo prazo”.
Nessa mesma linha se pronunciou o secretário adjunto da OEA, Albert Ramdin, que pediu à comunidade internacional para cumprir as promessas da cúpula sobre mudança climática de dezembro de 2009, em Copenhague, de reduzir os gases do efeito estufa, assim como de facilitar o acesso aos fundos prometidos para a adaptação à mudança climática nas regiões mais vulneráveis.
Ao mesmo tempo, pediu aos países-membros do organismo continental para intensificar os próprios esforços para tornar suas sociedades e economias mais resistentes à mudança climática e a outros perigos naturais.
Ramdin disse que, embora a região tenha dado passos “firmes” e “significativos”, os desafios do passado continuam e se somam aos problemas emergentes, como a mudança climática.
Programas de prevenção
O diplomata surinamês recomendou prestar maior atenção aos elementos que contribuem para o risco de dano ambiental, como na crescente urbanização não planificada, na falta de governança, na vulnerabilidade dos meios de subsistência rural e na deterioração de ecossistemas.
“Necessitamos de um maior investimento em programas de prevenção de desastres e temos que fortalecer os mecanismos que nos permitam extrair e compartilhar as boas e más lições que nos ficam dos desastres”, ressaltou Ramdin.
O secretário adjunto da OEA se referiu em particular aos potentes terremotos que sacudiram este ano Haiti e Chile, assim como à seca no Caribe e em partes das América Central, e à passagem pela região dos furacões “Richard” e “Tomás”.
Ramdin assegurou que a OEA buscará “agressivamente” recursos para apoiar o trabalho da Rede Interamericana de CIRDN (Mitigação de Desastres e do Comitê Interamericano para a Redução de Desastres Naturais).
A abertura da reunião esteve a cargo do presidente dominicano, Leonel Fernández, e do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza.
Nela, serão debatidos, entre outros temas, a vulnerabilidade nas Américas, os vínculos com a crescente variação climática e os desafios para os ecossistemas.
Além das pressões adicionais na energia, a infraestrutura e os setores dependentes de água, como a agricultura e o turismo, assim como os desafios emergentes vinculados à ameaça sísmica.
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