A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) anunciou nesta terça-feira (10/04) que irá enviar “em breve” uma equipe para investigar o suposto ataque químico em Duma, na Síria.
Segundo a France Presse, a agência de notícias estatal Sana afirmou que o convite para investigar o caso veio do próprio governo sírio. O Ministério das Relações Exteriores “mandou um convite formal à Opaq para que envie uma equipe de sua missão para investigar as denúncias relacionadas ao suposto uso de armas químicas”, informou a agência.
“A Opaq fez uma análise preliminar das informações sobre a suposta utilização de armas químicas desde sua publicação. Mais elementos serão reunidos para estabelecer se foram utilizadas armas químicas”, afirmou Ahmet Uzumcu, diretor geral da organização, segundo a France Presse.
Moscou
Especialistas russos que estiveram na cidade de Duma nesta segunda-feira (09/04) disseram não ter encontrado “nenhum rastro” de substâncias químicas na região.
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Agência estatal afirmou que Organização Para a Proibição das Armas Químicas recebeu um convite oficial do Ministério das Relações Exteriores da Síria
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“Nossos especialistas militares já compareceram ao local (…) não encontraram nenhum rastro de cloro ou de qualquer outra substância química utilizada contra os civis”, afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, também se pronunciou sobre o caso. Segundo ele, “nenhum residente confirmou o ataque químico em Duma, não há notícias nos hospitais sobre ataque químico e não foi encontrado nenhum corpo contaminado”, afirmou.
O suposto ataque químico teria ocorrido no último sábado (07/04), na cidade de Duma. Segundo levantamento feito pela Sociedade Médica Sírio-Americana e pela Defesa Civil síria (conhecida como Capacetes Brancos), 49 pessoas morreram.
Já o Observatório Sírio para os Direitos Humanos estima que ao menos 80 pessoas morreram. O governo sírio nega, no entanto, que o ataque tenha ocorrido por meio do uso de armas químicas.