Dois soldados da missão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão e 16 insurgentes morreram na noite desta sexta-feira (14/09) durante um ataque talibã contra a base Camp Bastion, na qual se encontra o príncipe Harry, da Inglaterra.
A base fica no distrito de Washer, na província de Helmand, um dos tradicionais enclaves dos insurgentes, que atribuíram a ação a uma “vingança” pelo vídeo contra o profeta Maomé.
“Segundo nossa informação inicial, morreram dois soldados da Otan e 16 talibãs”, relatou à Agência Efe o porta-voz provincial, Dawoud Ahmadi.
Os agressores, que usaram projéteis, granadas de mão e armas curtas, conseguiram entrar dentro da base, segundo reconheceu em comunicado a Isaf (missão da Otan no país), que acrescentou que só um dos “quase vinte agressores” sobreviveu. Ele foi ferido e preso.
“O ataque, que começou pouco depois das 22h (hora local), matou dois soldados da Otan, feriu vários outros e causou danos a muitos aviões e estruturas posicionadas no campo de aterrissagem da base”, afirmou a organização.
“Camp Bastion é seguro. O pessoal da Isaf retirou os corpos dos agressores e estamos analisando os danos sofridos em aviões e estruturas, mas não houve impacto sobre nossas operações de terra ou ar”, acrescentou o comunicado.
Um porta-voz da Otan garantiu à agência de notícias Reuters que o príncipe Harry não ficou ferido no ataque.
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O ataque foi reivindicado por um porta-voz talibã, Mohammed Yousef Ahmadi, que disse ter causado um alto número de baixas entre os soldados estrangeiros e amplos danos materiais. “Foi um ato de vingança contra o vídeo anti-islâmico realizado nos Estados Unidos”, explicou Ahmadi.
Os talibãs exigiram vingança pelo vídeo “A Inocência dos Muçulmanos”, que gerou amplos protestos no mundo muçulmano, embora o governo afegão tenha bloqueado o YouTube para impedir sua difusão.
O grupo luta para derrubar o governo afegão e conseguir a saída imediata das tropas internacionais desdobradas no país com o objetivo de implantar um regime fundamentalista islâmico, como já ocorreu entre os anos de 1996 e 2001.
(*) com agências de notícias internacionais