O governo de Portugal anunciou nesta terça-feira (28/05) novas regras para o funcionamento do ensino superior no país. Com a medida, mais de 200 cursos podem ser fechados no próximo ano letivo, que começa em setembro de 2013.
A proposta do Ministério da Educação e Ciência estabelece que os cursos com “procura reduzida” no ano passado não poderão funcionar. O mínimo estipulado pelo governo é de 10 alunos. Ou seja, instituições de ensino superior que não tiveram esse número de estudantes no ano letivo de 2012 não vão poder abrir novas vagas.
Os alunos que estão com o curso em andamento precisariam ser remanejados em salas com o mínimo de dez alunos ou serem transferidos para outras instituições de ensino.
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Universidade de Lisboa: principais faculdades do país não serão afetadas pela medida; instituições do interior terão 172 cursos fechados
Segundo informações do portal Público, no total, são 171 cursos em faculdades de todo o país, na maioria, oferecidos por instituições do interior de Portugal. Apenas 32 cursos das universidades lusitanas têm menos de dez alunos e serão afetadas pela nova proposta do governo.
Portugal também vai deixar de financiar cursos que não atendam as demandas de “qualidade de ensino” e “número suficiente de alunos para financiamento”, estipuladas pelo Ministério da Educação e Ciência, afirmou em entrevista coletiva o secretário do Estado de Ensino Superior, João Queiró. Caso desejem continuar as atividades, precisarão pagar do próprio bolso por todas as despesas.
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Nesta segunda-feira (27) o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira de Portugal pediu ao BEI (Banco Europeu de Investimento) investimento no país para ajudar a combater o desemprego jovem. “Queremos o seu investimento”, disse o ministro da Economia, dirigindo-se ao presidente do BEI, Werner Hoyer.
Cerca de 38,3% dos jovens portugueses estão desempregados atualmente. O temor de economistas é que o corte nas vagas no ensino superior colabore para o aumento nos índices de desemprego – que estão entre os mais altos da Europa.