Após quase quatro meses de ser empossado presidente do Afeganistão, Ashraf Gani anunciou nesta segunda-feira (12/01) os nomes de 25 novos ministros que farão parte do novo governo do país, entre os quais, apenas três são mulheres.
Efe/arquivo
Ashraf Ghani (dir.) e Abdullah Abdullah (esq.) se cumprimentam durante cerimônia de unidade nacional em Cabul no ano passado
A demora da lista se deve a meses de negociações para escolha dos ministros entre Gani e Abdullah Abdullah, que firmaram um acordo no fim de setembro de 2014 para formar um “governo de unidade”, após meses de disputas para saber quem seria o legítimo vencedor da eleição presidencial que aconteceu em junho. Com este acordo, Gani se tornou presidente e Abdullah recebeu o posto de chefe-executivo, papel semelhante ao de primeiro-ministro.
O anúncio de um novo gabinete foi recebido com alívio pela comunidade internacional e pelos veículos locais, já que a demora na formação suscitava rumores da incapacidade do atual presidente em organizar um governo unitário e coerente. Há meses, o Afeganistão esteve à beira de uma crise política e possível insurreição de grupos extremistas, como o Talibã.
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Ex-economista do Banco Mundial, Gani prometeu reformou o país e combater a corrupção que ficou marcada pelo seu antecessor, Hamid Karzai. Para sinalizar mudanças, o atual chefe de Estado optou por não chamar nenhum antigo ministro para o atual gabinete.
Um dia após a posse de Gani, os Estados Unidos assinaram com o Afeganistão um acordo bilateral, permitindo a presença militar norte-americana de 9.800 soldados em solo afegão após a saída das tropas da Otan, até o final de 2015, com previsão de redução progressiva de tropas até o “mínimo necessário” em dezembro de 2016.