Professores de toda a Argentina iniciaram nesta terça-feira (06/03) uma paralisação após o encerramento das negociações salariais pelo governo e por causa de declarações feitas pela presidente Cristina Kirchner na semana passada, consideradas “ofensivas”.
A greve é a primeira promovida por docentes desde o início da “era Kirchner”, que engloba a gestão do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e os dois mandatos de Cristina, que está no primeiro ano de seu segundo governo.
O ministro da Educação, Alberto Sileoni, reconheceu que houve “um encerramento” das negociações, mas não concordou com o discurso de que sua pasta colocou fim ao diálogo de forma “unilateral”.
“As declarações da presidente, que foram para nós uma surpresa pela inexatidão e gratuidade, geraram reações muito negativas em toda classe argentina”, disse a secretária-geral da Confederação de Trabalhadores da Educação da República Argentina (Ctera), Stella Maldonado.
Na quinta-feira passada, Cristina disse no Congresso que os professores “trabalham somente quatro horas por dia e têm três meses de férias”. De acordo com os sindicatos, esta é uma velha frase utilizada sempre para minimizar a demanda por aumento salarial dos professores diante do fato de que as aulas terminam em meados de dezembro e são reiniciadas na primeira semana de março. Ainda segundo as entidades, os docentes trabalham até quase o fim do ano e, em fevereiro, já retomam a atividade.
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