A promotoria da Coreia do Sul acusou nesta segunda-feira (17/04) oficialmente a ex-presidente Park Geun-hye por delitos relacionados com um esquema de corrupção, pelos quais pode ser condenada a um mínimo de dez anos de prisão ou, então, à perpétua . Entre as acusações, estão a de suborno, abuso de poder, coação e vazamento de segredos oficiais, informou a agência Yonhap.
Park, que perdeu a imunidade presidencial após ser destituída em 10 de março, está em prisão preventiva há quase 20 dias por causa de seu papel na rede criada junto com sua amiga Choi Soon-sil (conhecida como “Rasputina”, por causa de sua proximidade com a ex-governante), que supostamente extorquiu de grandes empresas cerca de US$ 70 milhões.
A promotoria anunciou, também, que acusou o presidente do Grupo Lotte, Shin Dong-bin, por abonar supostamente a rede cerca de 7 bilhões de wons (cerca de US$ 6,15 milhões). Além disso, os procuradores decidiram não apresentar denúncia contra o presidente do Grupo SK, Chey Tae-won, que aparentemente se negou a colaborar com a trama.
O caso da “Rasputina” atingiu os “Chaebol” (os grandes grupos empresariais sul-coreanos), entre eles o maior do país, o Samsung, cujo presidente, Lee Jae-yong, foi preso de maneira preventiva em fevereiro e está sendo julgado.
A imputação oficial da ex-presidente Park, que defendeu sua inocência em todos os interrogatórios, coincide com o início da campanha eleitoral para as eleições presidenciais adiantadas, que acontecem no dia 9 de maio.
NULL
NULL
Agência Efe
Ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye foi formalmente acusada de corrupção
Propina
Os investigadores afirmaram que Park e Choi decidiram de comum acordo pressionar a Samsung e outros grandes conglomerados empresariais sul-coreanos para que realizassem doações a organizações vinculadas à “Rasputina”, em troca de um tratamento favorável das autoridades
Os procuradores também concluíram que a presidente estava ciente da criação de uma lista negra de quase 10.000 artistas e profissionais do mundo da cultura críticos ao governo, concebida com o objetivo de cortar suas vias de financiamento público e privado.