O governo italiano propôs uma redução das reformas sociais com o objetivo de atingir as exigências orçamentárias da Comissão Europeia, que teme pelo impacto das medidas nas contas públicas do país. No entanto, Bruxelas já informou que a proposta apresentada por Roma não é suficiente.
A coalizão no poder na Itália apresentou na quarta-feira (12/12) um projeto de orçamento no qual se comprometia a conter seu déficit público em 2019 a 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB). A medida visa evitar as sanções da União Europeia, que pede um controle dos gastos de seus membros. O projeto inicial de Roma previa um déficit de 2,4% do PIB no ano que vem.
Os representantes europeus em Bruxelas consideraram que o governo italiano fez um esforço, visto como “um passo na boa direção”. Porém, “ainda pode melhorar, com passos que podem vir de ambas as partes”, declarou nesta quinta-feira (13/12) o comissário europeu dos assuntos econômicos e financeiros, Pierre Moscovici, sugerindo que Bruxelas também poderia contribuir.
A proposta de Roma já é vista entre os membros da UE como um avanço, já que a coalizão populista atualmente no poder na Itália, composta pelo Movimento Cinco Estrelas e a Liga, havia excluído qualquer tipo de modificação em seu orçamento. No entanto, diante da ameaça de sanções, Roma acabou cedendo.
A Comissão Europeia, por sua vez, havia rejeitado, em 23 de outubro, o plano orçamentário italiano por apresentar um déficit muito superior ao prometido pelo governo anterior. A dívida italiana é de cerca de 131% do PIB.
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Para União Europeia, proposta de redução no orçamento italiano é insuficiente