Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Tel Aviv e Jerusalém neste sábado (29/06), nos que estão sendo considerados pela imprensa de Israel como os maiores protestos contra o governo desde o início do massacre cometido pelo exército no país na Faixa de Gaza – que teve início em outubro de 2023 e já matou mais de 37 mil civis palestinos.
As manifestações foram convocadas pela internet durante a semana e tiveram como alvo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A maioria dos cartazes e gritos das multidões nas duas cidades defendiam a renúncia do líder sionista e criação de um comitê que seja capaz de fazer um acordo para libertar os reféns que ainda estão sendo mantidos pelo Hamas.
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As manifestações foram alvo de fortíssima repressão policial, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo e violência física agentes armados com cacetetes contra os atos realizados no centro das duas cidades.
Segundo o jornal The Times of Israel, uma das colunas da manifestação realizada em Jerusalém se deslocou até as proximidades da residência de Netanyahu, e também foi duramente reprimida pelas forças de segurança.
A parlamentar israelense Naama Lazimi, representante do Partido Trabalhista no Knesset, participou do protesto e afirmou que foi atacada a golpes de cacetete por um policial. As autoridades israelenses responderam dizendo que “ela agiu de forma desafiadora e tentou aproveitar sua proteção como política para impedir os agentes de cumprirem as suas funções”.
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Dezenas de milhares de pessoas pediram a renúncia de Netanyahu durante ato em Tel Aviv; outro protesto igualmente multitudinário, com a mesma reivindicação, ocorreu em Jerusalém
Em um vídeo que viralizou nas redes sociais em todo o país se observa como um grupo de policiais espanca fortemente uma pessoa que havia sido detida durante os protestos, enquanto um dos agentes agressores diz à vítima da violência que iria “estuprar a sua mãe”.
No caso desse vídeo, as autoridades policiais israelenses disseram que se trata de “um comportamento que não está de acordo com o esperado dos nossos agentes”, e que iniciaria uma investigação sobre o ocorrido.
אחלה של חומר אנושי: יסמניק לעצור במחאה בירושלים ״אאנוס את אמא שלך״. המשטרה בתגובה: ״התנהלות השוטר במקום אינה עומדת בקנה אחד עם נורמות השיח וההתנהלות המצופות מכל שוטר גם במצבים סוערים מעין אלו, ולכן היא תיבדק ותטופל בהתאם.״ pic.twitter.com/Lbtdy3GinB
— לירן תמרי | Liran Tamari (@liran__tamari) June 29, 2024