O site Huffington Post, citando o jornal Gulf News, questionou nesta terça-feira (10) a história da menina de oito anos que teria morrido após a lua de mel com o marido de 40 no Iêmen. Segundo o jornal, autoridades do Iêmen negam a morte. No entanto, o jornalista que publicou originalmente a história, Mohammad Radman, também segundo o Gulf News, disse manter o relato e a apuração.
Diversos sites deram a história da criança no começo desta semana, incluindo Opera Mundi — que se baseou em relatos da agência alemã DPA, do jornal alemão Der Tagesspiegel, do espanhol El País e do próprio Huffington Post, em sua versão britânica.
Segundo o Gulf News, as autoridades do país teriam entrado em contato com o pai da garota, que negou tanto o casamento quanto a morte. “Tenho as fotos da garota e posso mostrar para qualquer um”, teria afirmado Mosleh Al Azzani, diretor de investigações criminais do distrito de Harradh, ao jornal.
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Radman, por sua vez, afirmou ao Gulf News que mantém suas informações. “Eles [o governo] estão dispostos a dar seu relato sobre o assunto. Acho que as autoridades estão tentando enterrar a história”, disse. Ele sustenta ainda que os vizinhos da garota confirmaram que ela morreu e foi enterrada.
Casamento entre menores de idade são comuns na região, apesar de protestos de organizações internacionais. Em 2010, uma menina de 13 anos já havia morrido com sangramentos internos cinco dias após o casamento forçado, de acordo uma organização de direitos humanos que atua na região.