A comissão de Comércio e Turismo do Senado da Flórida divulgou um projeto de lei de ajustes salariais para os chamados “funcionários de gorjeta”. A resolução prevê que o atual piso salarial da categoria seja substituído pelo mínimo federal dos EUA.
Dessa forma, as empresas que garantirem a seus funcionários pelo menos 9,98 dólares por hora de serviço prestado poderão passar a pagar um mínimo de 2,13 dólares em lugar dos 4,65 dólares atuais. A diferença de 7,85 dólares ficaria por conta dos consumidores.
Nos EUA, a FLSA (Lei de padrões justos para o trabalho, em português) classifica como “funcionários de gorjeta” aqueles que recebem pelo menos 30 dólares por mês apenas em gratificações, como garçons e camareiras.
A Associação de Restaurantes e Hospedagens da Flórida tem pressionado os parlamentares para que o texto seja aprovado pelo Senado. O principal argumento do grupo é de que o salário mínimo do Estado para funcionários de gorjeta obriga o setor a contratar menos e, consequentemente, crescer menos.
“O salário mínimo está matando eles”, diz a diretora-executiva da organização, Carol Dover, em entrevista ao jornal Orlando Sentinel. Ela lembra que o aumento dos custos de alimentação, seguros e saúde tornarão o colapso desse segmento “uma questão de tempo”.
Críticos, por sua vez, alegam que o projeto de lei representa um grande prejuízo para os trabalhadores, que já têm dificuldades para arcar com o custo de vida. “Qualquer coisa que reduza os salários das pessoas não é o que precisamos no momento”, afirma Emily Eisenhauer, do Instituto de Pesquisa de Políticas Sociais e Econômicas da Universidade Internacional da Flórida, ao mesmo veículo.
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