O Senado italiano aprovou nesta sexta-feira (11/11) o projeto de Lei do Orçamento para 2012, incluindo as reformas econômicas que o governo da Itália prometeu à UE (União Europeia). Após a ratificação do texto pela Câmara dos Deputados, está prevista a renúncia do primeiro-ministro, Silvio Berlusconi.
O documento foi aprovado graças aos votos da maioria no Executivo, enquanto se abstiveram a principal legenda da oposição, o PD (Partido Democrata), e o grupo centrista Terceiro Polo.
Já os contrários ao texto foram os progressistas do IDV (Itália dos Valores), do ex-promotor público Antonio Di Pietro.
O projeto de lei seguiu adiante com 156 votos a favor, 12 contra e uma abstenção.
Agora o texto deve ir à Câmara dos Deputados, onde, após um breve debate, espera-se que seja ratificado de forma definitiva neste sábado (12).
Depois de aprovadas estas medidas, está previsto que Berlusconi apresente sua demissão, um compromisso que o primeiro-ministro firmou na última terça-feira (08) diante do chefe do Estado italiano, Giorgio Napolitano.
A opção que neste momento tem mais força é a formação de um governo técnico com uma personalidade à frente que coloque em acordo todas as forças políticas para tirar a Itália da difícil situação na qual se encontra.
Para liderar esse governo técnico, o nome especulado é o do economista e ex-comissário europeu Mario Monti, de 68 anos, que conta com um grande apoio entre as forças parlamentares e que na quarta-feira foi nomeado senador vitalício pelo chefe do Estado. A ação foi interpretada pelos analistas como um sinal nesta linha.
Monti também conta com a simpatia da associação patronal italiana, conforme indicou nesta sexta-feira sua presidente, Emma Marcegaglia.
Além disso, após sua oposição inicial, nesta quinta-feira Berlusconi se declarou favorável à criação de um possível governo técnico, embora dentro de seu partido, o PDL (Povo da Liberdade), existem ainda opiniões divergentes a respeito.
Se mostraram contrários à formação desse governo de transição os partidos Liga Norte, aliado atual do Executivo de Berlusconi, e o progressista IDV (Itália dos Valores), que defenderam a realização de eleições antecipadas.
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