Insurgentes, com destaque para o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EILL), tomaram nesta quarta-feira (11/06) o controle de Tikrit, cidade natal do ex-presidente Saddam Hussein e a província de Saladino. Grupos de jihadistas estão avançando sobre o norte do país, rumo a Bagdá, capital iraquiana.
Agência Efe
Pelo menos 25 pessoas morreram e 140 ficaram feridas hoje em dois ataques suicidas
De acordo com fontes oficiais, pelo menos 21 pessoas morreram e 42 ficaram feridas em dois ataques simultâneos realizados hoje, um deles suicida e outro com carro-bomba, no bairro xiita da Cidade de Sadr, no leste de Bagdá.
O caos interno do país foi agravado com o anúncio de que os jihadistas do EIIL sequestraram o cônsul turco na cidade de Mossul, Öztürk Yilmaz, após invadirem a sede do consulado, que fica em Al Yusaq, no sul da cidade.
O primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, pediu que o Parlamento decrete estado de emergência e afirmou que poderão combater a insurgência “sem ajuda de ninguém”, mas ao mesmo tempo pediu que população civil “pegue em armas” para recompor as maltratadas forças do governo.
Ontem, a segunda maior cidade do país, Mossul, capital da província de Ninawa, localizada a cerca de 400 quilômetros ao norte de Bagdá, foi controlada pelos jihadistas. Como consequência dos combates, 500 mil pessoas foram forçadas a abandonar a cidade, como informou hoje em Genebra a Organização Internacional das Migrações (OIM).
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O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al Maliki, classificou os acontecimentos de “conspiração”. Segundo ele, as forças de segurança não resistiram aos agressores. Maliki afirmou que os iraquianos resolverão o problema “sem a ajuda de ninguém” e pediu que os cidadãos enfrentem “voluntariamente” os insurgentes para recompor as maltratadas forças do governo.
Para o xeque Mohammed al Biyari, um dos mais destacados na província ocidental de Al-Anbar, o ataque é uma “revolução popular dos iraquianos contra as injustiças que sofreram”.
Os progressos dos insurgentes rumo a Bagdá colocam o gabinete de Maliki, que venceu com uma maioria apertada nas eleições parlamentares de maio, em uma frágil posição. Ele continua no exercício do cargo interinamente.