A agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) manteve a nota da dívida soberana dos Estados Unidos em AA+, com perspectiva negativa, destacando que a avaliação não foi afetada pelo fracasso do comitê do Congresso americano em obter um acordo para reduzir a dívida pública do país.
“A incapacidade do comitê em acertar medidas fiscais que possam estabilizar a dívida do governo dos EUA é consistente com nossa decisão de agosto de revisar para baixo nossa nota para AA+”, justifica a Standard & Poors.
O comitê bipartidário do Congresso tinha encomendado a elaboração de um plano pactuado de redução do déficit em 1,2 trilhão de dólares nos próximos dez anos nos Estados Unidos.
Agora os legisladores terão de obter um acordo para evitar os cortes automáticos em defesa e programas sociais pelo mesmo montante que entrariam em vigor em 2013.
“No entanto, esperamos que a fiscalização da despesa discricionária definida na Lei de Controle Orçamentário continue vigente. Se esses limites forem flexibilizados, a pressão para rebaixar a avaliação pode aumentar”, alerta a agência.
No último mês de agosto, a S&P surpreendeu ao rebaixar a nota dos EUA do histórico “triplo A” (AAA) – nível mais alto – para AA+, após uma dura batalha parlamentar sobre a elevação do teto da dívida americana.
Em setembro, fim do ano fiscal de 2011, o déficit dos EUA foi de 1,3 trilhão de dólares, o que representa 8,6% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo dados do Escritório de Orçamento do Congresso.
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