O TPI (Tribunal Penal Internacional), com sede em Haia, na Holanda, informou nesta quarta-feira (02/03) que vai abrir uma investigação sobre possíveis crimes contra a humanidade cometidos na Líbia. A decisão foi anunciada em meio às denúncias de que o presidente líbio, Muammar Kadhafi, ordenou bombardeios em áreas urbanas e também enterrou pessoas vivas.
Na quinta-feira (03/03), o promotor do tribunal, Luis Moreno Ocampo, pretende revelar os nomes dos investigados. “O promotor vai apresentar um resumo dos supostos crimes cometidos na Líbia desde o dia 15 de fevereiro de 2011 e informações preliminares a respeito das entidades e pessoas que poderão ser processadas”, informou o TPI, em comunicado.
Para a investigação, o gabinete do promotor está se unindo à Organização das Nações Unidas, União Africana e Liga Árabe. “Além disso, o promotor também vai pedir informações de outras fontes, incluindo a Interpol [organização internacional que colabora com as polícias de vários países], que vai dar assistência”, diz a nota.
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Após a fase de investigações, o promotor vai apresentar as conclusões aos juízes que integram o tribunal. Os magistrados decidirão se vão emitir mandados de prisão com base nas provas apresentadas.
A estimativa, segundo organizações não governamentais, é que cerca de mil pessoas morreram nos conflitos entre manifestantes e policiais na Líbia. De acordo com dados recentes, o Leste do país está sob controle de forças contrárias ao regime. Os ativistas contra Kadhafi fizeram de Benghazi, a segunda maior cidade do país, sua capital.
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