Tropas israelenses mataram pelo menos dois palestinos durante um conflito em meio a uma incursão do Exército realizada nesta segunda-feira (16/11) ao acampamento de refugiados da cidade de Qalandia, na Cisjordânia.
Cerca de mil soldados israelenses entraram no acampamento para demolir a casa do palestino Muhammad Abu Shaheen, que havia sido preso, mas foram impedidos pelos moradores do acampamento. Na briga, pelo menos mais três pessoas ficaram feridas. A casa acabou sendo demolida.
Segundo as autoridades israelenses, alguns palestinos teria começado a atirar, e as tropas apenas revidaram o ataque.
Agência Efe
Palestinos e israelenses entraram em conflito no acampamento para refugiados em Qalandia.
Segundo o relatório do Exército, os palestinos começaram a atirar e as tropas revidaram os ataques. “Houve, de fato, resistência violenta em Qalandia, mas a unidade [militar] se conduziu de maneira muito profissional. Também realizou a missão, demolindo a casa. Os atiradores foram acertados – quatro deles, de acordo com a unidade”, disse à Israel Radio o ministro da Defesa israelense, Moshe Yaalon.
NULL
NULL
No entanto, parentes de um dos mortos, Laith Manasra, disseram que ele não estava participando do confronto, tampouco estava armado, quando foi atingido por uma bala israelense.
Anteriormente as tropas israelenses, já haviam sido ameaçadas por homens mascarados do campo de refugiados de Qalandia, que se identificaram como membros do grupo palestino Fatah. Na ocasião eles disseram que a casa de Muhammad Abu Shaheen só seria destruída “por cima dos 30 mil cadáveres das pessoas morando nesse acampamento”.
Desde outubro as forças israelenses mataram pelo menos 78 palestinos, 45 dos quais Israel alegou estarem atacando ou prestes a atacar. No mesmo período por volta de 14 israelenses foram mortos.