A UE (União Europeia) pediu nesta segunda-feira (02/05) à Ucrânia uma “investigação independente e transparente” do incidente ocorrido em Odessa, no sul do país, há dois anos, quando 48 pessoas morreram e mais 200 ficaram feridas em confrontos entre ativistas pró-Rússia e ultranacionalistas ucranianos.
Agência Efe
Manifestantes morreram após saltar pelas janelas do edifício fugindo das chamas, e o restante, asfixiado pela fumaça
“Chamo as autoridades da Ucrânia a seguir as recomendações do grupo consultivo internacional do Conselho da Europa e realizar uma investigação independente e transparente. Todos os responsáveis pelos crimes devem ser levados à justiça”, declarou o embaixador da UE em Kiev, Jan Tombinski.
O relatório do grupo consultivo sobre a investigação oficial dos fatos em Odessa, apresentado em novembro do ano passado, criticou especialmente a atuação da polícia, a quem acusou de “cumplicidade” no episódio.
A maioria dos 48 mortos eram ativistas pró-Rússia que enfrentaram ultranacionalistas ucranianos no centro de Odessa, localizada às margens do Mar Negro. O confronto ocorreu alguns meses depois da mudança de poder em Kiev e no início do conflito no leste da Ucrânia.
Os militantes pró-Rússia foram perseguidos e encurralados por grupos de ultranacionalistas na Casa dos Sindicatos, que depois pegou fogo por causas que permanecem desconhecidas. Testemunhas e ativistas pró-Rússia afirmam que a tragédia de tratou de uma emboscada.
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De acordo com a versão oficial das autoridades de Kiev, algumas pessoas morreram após saltar pelas janelas do edifício fugindo das chamas, e o restante, asfixiado pela fumaça.
Outras seis vítimas morreram atingidas por disparos durante o confronto entre os integrantes de duas manifestações que se encontraram no centro da cidade.
No segundo aniversário do episódio, as autoridades de Odessa redobraram as medidas de segurança e mobilizaram mais três mil policiais e guardas nacionais.
Segundo o jornal digital Ukrainska Pravda, soldados das forças especiais “Alfa”, do SBU (Serviço de Segurança da Ucrânia, antiga KGB) também patrulham as ruas da cidade.
O governador de Odessa, Mikhail Saakashvili, disse que “a data é utilizada pelas forças internas e exteriores que não querem a paz na Ucrânia”.
(*) Com Agência Efe