Diversos dirigentes internacionais se manifestaram nesta quinta-feira (04/07) contrários à destituição do ex-presidente Mohamed Mursi. A comunidade internacional apela ao egípcios pela consolidação da democracia no país. “Trata se de uma clara ruptura da ordem democrática devido à destituição de um presidente democraticamente eleito (Mursi) e à suspensão da Constituição”, afirmou o porta-voz das Relações Exteriores do Brasil, Tovar da Silva Nunes.
Agência Efe
Milhares de pessoas comemoram nas ruas saída do ex-presidente Mohamed Mursi
A alta representante da União Europeia para Relações Exteriores, Catherine Ashton, pediu às autoridades do Egito que colaborem para a consolidação da democracia. Ela disse ter consciência das divisões na sociedade egípcia e das exigências populares, mas pediu que as autoridades se esforcem para buscar o consenso.
“Apelo a todas as partes para que regressem rapidamente a um processo democrático, incluindo a realização de eleições presidenciais livres e imparciais e a aprovação de uma Constituição”, disse Ashton. “Acompanho o desenvolvimento mais recente no Egito e tenho perfeita consciência das profundas divisões na sociedade, das exigências populares para uma mudança política e dos esforços para alcançar um compromisso”, reiterou.
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O governo da Turquia afirmou que a intervenção do Exército na crise política egípcia é preocupante e lembrou que o presidente deposto, Mohammed Mursi, foi eleito democraticamente. “Os governos eleitos só podem ser afastados do poder pela vontade popular”, declarou hoje o ministro das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu.
O golpe militar no Egito fez com que o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, suspendesse suas férias e convocasse para hoje uma reunião de seu governo. Davutoglu afirmou que Ancara sempre apoiou o processo revolucionário que derrubou o ditador Hosni Mubarak: “todo o mundo tem que ter cuidado com a proteção do processo democrático que começou com a revolução do 25 de janeiro” (de 2011).