Em um ato organizado pelo governo, milhares de venezuelano lembraram os 21 anos do Caracazo, uma revolta social que resultou, após uma resposta violenta da polícia e do exército, na morte de 300 pessoas.
O presidente Hugo Chávez assegurou, segundo a rede venezuelana Telesur, que os culpados pelas mortes serão julgados e presos. “O principal responsável se chama Carlos Andrés Pérez [1974-1979 e 1989-1993] e aqueles com quem ele governava, que mandaram matar o povo desarmado”.
Palacio de Miraflores/Efe
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“Em 27 de fevereiro uma maldição caiu sobre os militares venezuelanos”, porque na época, “miraram suas armas contra o povo”, afirmou Chávez, seguido de aplausos daqueles que se reuniram no bairro El Valle, oeste de Caracas. Ele disse que nunca mais a força militar seria usada contra o povo.
O Caracazo aconteceu poucos dias após Pérez assumir um segundo mandato, e anunciar um pacote de medidas econômicas que incluía um aumento dos preços dos transportes públicos e da gasolina. A indignação do povo se estendeu por três dias com uma onda de saques na capital e outras cidades do país e foi sufocada a tiros pelo exército e pela polícia, segundo várias fontes oficiais de organizações humanitárias.
Até hoje não se sabe o número de vítimas no Caracazo. Pérez foi o primeiro e único presidente da história da Venezuela a ser impedido de exercer suas funções antes do fim do mandato, após um impeachment, e atualmente vive exilado.
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