O atual primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, disse nesta quarta-feira (29/10) que espera permanecer no cargo como chefe de um governo reformista pró-Europa, após as eleições legislativas do último domingo (26), boicotadas pelos separatistas pró-Rússia do noroeste do país.
Embora os resultados ainda não tenham sido consolidados, dados quase completos dão à coalizão à qual pertence Yatseniuk pequena maioria no Parlamento.
Agência Efe
Pesquisas anteriores ao pleito indicavam que grupo de Poroshenko seria o vitorioso; até o momento, a Frente Ampla lidera com 22%
“O partido que obtiver a primeira colocação nas eleições já tem que dar início ao processo de formar uma coalizão. O líder da legenda chefiará o governo”, disse Yatseniuk, referindo-se à Frente Ampla.
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Contrariando o que apontavam as pesquisas antes do pleito, as últimas análises dão justamente à Frente Ampla de Yatseniuk a maioria dos assentos parlamentares, com 22% dos votos. Logo atrás, está o grupo político do presidente Petro Poroshenko, legenda que antes era cotada para liderar o governo.
Antes do pleito, especulou-se que o presidente magnata de 48 anos poderia pressionar para ter outra pessoa como premiê. Cogitou-se o nome do aliado Volodymyr Groysman, atual vice-premiê.
Separatistas preparados para guerra
Também hoje, o primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexander Zakharchenko, declarou os grupos armados da entidade separatista pró-russa se preparam para a guerra, pois o governo de Kiev denunciou o acordo de separação de forças na zona do conflito.
“A Ucrânia revogou sua assinatura do acordo para estabelecer a linha de separação, nos preparamos para a guerra”, disse Zakharchenko, citado pela agência Interfax, durante uma visita à cidade de Makeevka, ao noroeste de Donetsk, principal reduto dos pró-Rússia nas regiões orientais ucranianas.
Antes, o vice-primeiro-ministro, Andrei Purguin, havia denunciado que as autoridades ucranianas descumpriram os acordos de Minsk, firmados em 19 de setembro. “A Guarda Nacional ucraniana viola constantemente o cessar-fogo e bombardeia bairros residenciais. Civis morrem diariamente”, disse Purguín à imprensa russa.
(*) Com informações da Agência Efe