Subiu para 5.161 o número provisório de mortos no terremoto de magnitude 7.8 na escala Richter que atingiu a Turquia e a Síria na última segunda-feira (06/02).
As autoridades turcas contabilizam até o momento desta terça-feira (07/02) 3.549 vítimas e mais de 20 mil feridos, enquanto a Síria soma 1.612 mortos, incluindo áreas sob controle do regime de Bashar al-Assad e zonas rebeldes.
O balanço, no entanto, está destinado a se agravar, já que equipes de resgate ainda buscam desaparecidos nos escombros dos milhares de edifícios destruídos, mas as operações são dificultadas pelo frio do inverno no Hemisfério Norte.
Por outro lado, o vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, disse que mais de 8 mil pessoas já foram salvas. Já o presidente Recep Tayyip Erdogan declarou estado de emergência de três meses nas 10 províncias afetadas pelo tremor.
O abalo sísmico teve epicentro perto da cidade turca de Gaziantep, quase na fronteira com a Síria, e foi seguido por diversas réplicas de forte intensidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 23 milhões de pessoas tenham sido afetadas de alguma forma pelo terremoto. O violento tremor que atingiu a Turquia e a Síria pode ter causado um número de mortos oito vezes maior do que o balanço divulgado nas últimas horas, segundo previsão da entidade.
“Tem um potencial de haver outros colapsos e números oito vezes superior aos números iniciais”, declarou Catherine Smallwood, responsável da emergência do escritório europeu da OMS.
Reprodução/ Ministério da Defesa da Turquia
Operações de resgate nos escombros são dificultadas pelo frio do inverno no Hemisfério Norte
A União Europeia já mobilizou 27 equipes médicas e de resgate de 19 nações, incluindo Albânia, Alemanha, Áustria, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Espanha, Estônia, França, Grécia, Hungria, Itália, Malta, Montenegro, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Tcheca e Romênia.
Ajuda internacional
Governos de diversos países têm oferecido auxílio à Turquia e Síria após terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter atingir o sudeste e noroeste dos países.
O governo brasileiro, inclusive, afirmou na segunda-feira que estava “providenciando” ajuda humanitária às populações afetadas pelo terremoto.
“Por meio da Agência Brasileira de Cooperação e em coordenação com os países das áreas atingidas, o governo brasileiro está providenciando formas de oferecer ajuda humanitária às populações afetadas pelo terremoto“, declarou o Itamaraty, que apontou não haver notícias sobre brasileiros mortos ou feridos no desastre.
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, lamentou as mortes provocadas pelo abalo sísmico, sinalizando que pediu à sua equipe que “continue a monitorar a situação, coordenando-se com a Turquia para fornecer toda a ajuda necessária”.
Da parte da Rússia, Vladimir Putin conversou com seu homólogo sírio al-Assad, para coordenar o envio de uma equipe de socorristas russos nas próximas horas, de acordo com o Kremlin.
(*) Com Ansa.