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Na Aula Pública, Maria Amalia Andery explica como as universidades dialogam com o cotidiano das cidades
As universidades não são apenas lócus para formação de recursos humanos. Ou seja, instituições forjadas para atender a manuntenção de profissionais no mercado de trabalho. Com a pesquisa e a produção de conhecimento, as universidades cumprem o papel de produzir e gerar riquezas — materiais e imateriais — que serão aproveitadas pelos cidadãos e pelas cidades onde estão abrigadas.
Essa é uma das análises de Maria Amalia Andery, psicóloga e reitora da PUC (Pontifícia Universidade Católica), ao discutir O que a sociedade deve esperar da universidade, na Aula Pública Opera Mundi.
Para a especialista, no decorrer da história, as universidades sempre fizeram diferença nos lugares onde estiveram. “Durante o século 20, o capitalismo traz às universidades características especiais, e o ensino superior passa a ocupar lugar central no desenvolvimento do conhecimento. A ciência pode fazer a diferença no lugar onde ela está. Nesse sentido, as instituições buscam garantir que a pesquisa e a produção de conhecimento estejam associadas às demandas do locais”, afirma.
Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Maria Amalia Andery: o que a sociedade deve esperar da universidade?
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No segundo bloco, a profa. Maria Amalia Andery responde perguntas do público da PUC-SP, campus Perdizes.
Ao discutir o exemplo brasileiro, Maria Amalia Andery destaca que, com políticas de inclusão e valorização da diversidade, é possível construir pontes para uma educação capaz de responder os desafios contemporâneos.
“Em 1945, o Brasil tinha 20 mil estudantes universitários, o que, na época, significava uma vaga para aproximadamente 2 mil brasileiros. Hoje temos 7 milhões e 300 mil universitários, o que significa uma vaga para cada 25 brasileiros. Ou seja, essa diferença é importante porque, cada vez mais, jovens passaram a participar do papel formativo que a universidade tem. Como consequência, há melhores trabalhos, mais recursos. E, principalmente, os jovens ganham mais independência e autonomia. Liberdades de escolha e de decisão”, analisa.
“O mundo capitalista tornou o conhecimento e a ciência em forças produtivas, ou seja, em geração de receita. Com o capistalismo, o conhecimento que gera riqueza e a existência das pessoas passa a ser produzido, principalmente, pela produção científica. Onde se faz ciência atualmente no mundo? Nas universidades”, afirma Andery.