Atualizada em 24/07/2017 às 10:48
Em 26 de julho de 1847, a Libéria torna-se o primeiro Estado africano oficialmente reconhecido pelas potências colonialistas ocidentais. Foi também durante o século 19, o único Estado independente da África Negra com, exceção da Etiópia, anteriormente chamada de Abissínia. Conta hoje com cerca de três milhões de habitantes espalhados sobre 111 mil quilômetros quadrados.
Sobre esse pequeno território do golfo da Guiné, limítrofe da atual Costa do Marfim, se instalaram a partir de 1822 alguns milhares de antigos escravos originários dos Estados Unidos. A chegada desses ex-escravos fez parte da iniciativa de uma associação filantrópica que pretendia organizar o retorno dos escravos negros dos Estados Unidos ao solo de seus ancestrais. A iniciativa, entretanto, vinha na contramão do que preconizava o presidente norte-americano James Monroe – “a América para os americanos”.
A área já era habitada quando foi nomeada Cabo Mesurado por marinheiros portugueses na década de 1560. Os primeiros colonizadores dos Estados Unidos, sob os auspícios da Sociedade Americana de Colonização, chegaram à África em 1821. Desembarcaram na ilha Sherbro, atual Serra Leoa. A princípio, o empreendimento foi desastroso e muitos colonos morreram. Em 1822, um segundo navio salvou os colonos e os levou para o cabo Mesurado. Em 1824, a capital Christopolis foi renomeada como Monróvia, em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe, que defendia o envio de escravos libertos de volta para a África.
Wikicommons
Após a criação do Estado da Libéria, o país viveu um longo período de desigualdade social e guerra civíl
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Em 1845, Monróvia foi sede da convenção da Sociedade Americana de Colonização, que redigiu a Constituição do futuro Estado independente, a República da Libéria.
Por detrás de uma vitrine moderna, a realidade era de um punhado de afro-americanos explorando uma esmagadora maioria de nativos. Algumas multinacionais, como a fábrica de borrachas Firestone, proprietária de enormes plantações de seringueiras, tiravam grande proveito da exploração.
Essa situação teve fim com o massacre do presidente William Tolbert e de seus ministros na praia de Monróvia, em quatro de dezembro de 1980. O sargento Samuel Doe toma o poder em meio a uma terrível guerra civil, que logo o opôs a outro senhor da guerra, Charles Taylor. Massacres, mutilações e roubos levaram o país a mais extrema barbárie.
A Libéria reencontra relativa estabilidade em oito de novembro de 2005, com eleição para eleita foi Ellen Johnson-Sirleaf, uma afro-americana formada em uma universidade dos Estados Unidos.