O físico inglês Joseph John Thomson (1856-1940) anuncia em 30 de abril de 1897 na Royal Institution, a descoberta do elétron. Ao examinar o comportamento dos raios catódicos, concluiu que os raios luminosos dentro do tubo catódico são formados de elétrons, ou seja, de matéria formada de pequenas partículas carregadas de eletricidade negativa. Até então o átomo era considerado como a menor parte da matéria. Thomson receberia o Prêmio Nobel de Física em 1906.
O elétron, como um dos constituintes básicos dos átomos, tem presença universal em quase todos os fenômenos materiais. Sua descoberta foi um passo decisivo no desenvolvimento da física, da química e da biologia modernas. Além disso, muito da tecnologia moderna que permeia nossos ambientes de trabalho e nossas casas, como a TV e os computadores, teve suas raízes plantadas no extraordinário desenvolvimento da ciência ocorrido no final do século retrasado e no início do XX.
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Modelo atômico de Thomson
Em 1905, o húngaro Philipp von Lenard, discípulo de Hertz, recebeu o Nobel por seus trabalhos anteriores sobre a natureza dos raios catódicos, em que estudou o comportamento deles fora do tubo, quando penetravam no ar ou incidiam sobre lâminas sólidas. O Prêmio Nobel de 1906 foi concedido a Thomson “por suas pesquisas teóricas e experimentais sobre a descarga da eletricidade através dos gases”. Ele chamava as partículas de carga negativa que identificou de corpúsculos e continuou a fazê-lo por mais vinte anos. O termo elétron se tornou de uso geral após 1910, proposto por Stoney, em 1891.
Em 1913, o dinamarquês Niels Bohr, baseado em experimentos do australiano Ernest Rutherford, introduziu o seu modelo revolucionário do átomo, que aprimorava o modelo proposto dez anos antes por Thomson. Com o desenvolvimento posterior da mecânica quântica, o elétron passou a ser reconhecido definitivamente como um dos constituintes básicos do átomo e teve estabelecido seu papel essencial nas ligações químicas. Para se ter uma idéia das dimensões de um átomo, basta dizer que na pequena quantidade de tinta que constitui o ponto final desta frase estão contidos cerca de 3 bilhões deles.
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O elétron foi a primeira partícula elementar constituinte do átomo a ser identificada. Entre 1911 e 1920, consolidou-se a ideia da existência do próton, partícula de carga positiva que tem uma massa muito maior que a do elétron (cerca de 1800 vezes) e que existe no núcleo de todos os átomos. O nêutron, partícula de carga nula e com massa próxima da massa do próton, foi identificado em 1932, por James Chadwick.
Outros fatos marcantes da data:
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1803 – França vende Território da Louisiania para os EUA
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Neste mesmo ano, confirmando uma previsão do físico inglês Paul Dirac, o pósitron (ou anti-elétron) é detectado e a espantosa existência da antimatéria – que se aniquila ao encontrar com seu equivalente material, produzindo energia – ficou estabelecida. De lá para cá, muitas outras partículas elementares foram identificadas. Um exemplo de destaque foi a descoberta experimental do méson, pelo brasileiro César Lattes, o inglês Cecil Powell e o italiano Giuseppe Occhialini.
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