O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, agradeceu nesta quinta-feira (02/05) ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pelas “nobres posições adotadas” ao declarar o rompimento integral das relações diplomáticas do país com Israel diante das “graves violações do direito e da legitimidade internacionais” na Faixa de Gaza.
De acordo com agência de notícias da Palestina, Wafa, a Autoridade Palestina apreciou o teor do discurso proferido pelo mandatário colombiano, durante o qual se referiu à necessidade de respeitar os valores da humanidade, e disse que “matar o povo palestino significa matar a humanidade”. Para Abbas, a postura de Petro constitui um “exemplo a ser seguido pelo mundo”.
Nesse sentido, a autoridade reiterou seu apelo à comunidade internacional para que “adote posições mais decisivas diante dos crimes de genocídio contra o povo palestino”, assim como o respeito de Tel Aviv à resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) que exigiu um cessar-fogo “imediato” no enclave e às medidas cautelares impostas pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra atos que configurem genocídio.
O anúncio de Petro que determinou o rompimento de laços com Israel foi dado na quarta-feira (01/05), durante uma comemoração do Dia do Trabalhador, na Praça de Bolívar, na capital colombiana de Bogotá.
Ao chamar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de “genocida”, o presidente do país sul-americano insistiu que “não podem vir os tempos do genocídio, do extermínio de um povo inteiro diante dos nossos olhos, diante da nossa passividade”.
“O mundo poderia ser resumido em uma palavra que justifica a necessidade da vida: Gaza. Chama-se Palestina, chama-se as crianças e os bebés que foram esquartejados pelas bombas”, declarou Petro, lamentando os ataques israelenses em Gaza que, até agora, já mataram mais de 34.500 pessoas e deixaram quase 78 mil feridas, de acordo com os dados atualizados pelo Ministério da Saúde da Palestina.
(*) Com Telesur