Os 29 membros do Comitê especial de Descolonização da ONU (Organização das Nações Unidas) adotaram nesta terça-feira (21/06) uma resolução que pede novamente para que Argentina e Reino Unido voltem a negociar a soberania das Ilhas Malvinas.
A resolução “chama aos governos da Argentina e do Reino Unido a retomarem as negociações a fim de encontrar uma solução pacífica à controvérsia da soberania relacionada com a questão das Ilhas Malvinas no prazo mais breve possível, de conformidade com o estabelecido nas correspondentes resoluções da Assembleia Geral” das Nações Unidas.
Após a emissão do documento das Nações Unidas, a chancelaria argentina atestou que, “como é tradicional”, o projeto de resolução foi co-patrocinado “por todos os países latino-americanos do Comitê”, que são Bolívia, Chile, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela.
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“Tenho a honra e o privilégio de voltar ao seio deste Comitê para reiterar frente à comunidade internacional a reivindicação pelos direitos soberanos irrenunciáveis e imprescritíveis da República Argentina sobre as Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sanwich do Sul e os espaços marítimos circundantes”, atestou o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman.
De acordo com a Chancelaria de seu país, Timerman “deixou assentada, mais uma vez, a predisposição a encontrar uma solução pacífica à disputa de soberania, algo que foi impedido pela renúncia sistemática do Reino Unido em retomar as negociações”.
A aprovação da resolução do comitê das Nações Unidas ocorre uma semana após uma troca de declarações contundentes entre os dois Estados, quando o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que “as Ilhas Falkland [como os britânicos chamam as Malvinas] devem continuar sendo território britânico” se os seus habitantes assim quiserem.
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No dia seguinte, a chefe de Estado argentina, Cristina Kirchner, classificou as palavras de Cameron como “um gesto de mediocridade, quase de estupidez”, e defendeu que seus compatriotas “não podem colocar pontos finais nem nos direitos humanos nem na reivindicação por soberania sobre as Ilhas Malvinas”.
Timerman também denunciou a “atitude criminosa de fanáticos” que ameaçaram de morte James Peck caso volte às Malvinas. Ele é morador das ilhas e recebeu na semana passada seu documento de registro como cidadão argentino.
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