O relançamento do livro Mein Kampf (Minha Luta), de autoria do ditador alemão Adolf Hitler (1933-1945) foi proibido em caráter de urgência nesta quarta-feira (25/01) por um tribunal de primeira instância em Munique, estado da Baviera, no sul da Alemanha.
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A obra seria relançada em formato de caderno, compactada e comentada. A previsão era de que estivesse disponível nas bancas nesta quinta-feira. Os direitos de publicação do livro são do estado da Baviera, que entrou com a ação para evitar o lançamento.
Segundo o britânico Peter McGee, presidente da editora Albertas, e responsável por esse lançamento, a intenção era colocar à venda fragmentos do livro, comentados, como suplemento da revista Zeitungszeugen. Desde 2009, ela publica antigas edições de jornais nazistas datadas dos anos 1920 e 1930.
McGee argumenta que suas publicações fazem parte de um projeto de pesquisa sobre o nazismo. A ideia era viabilizar esse projeto em três volumes de 15 páginas cada um em uma tiragem de 100 mil exemplares. A primeira parte seria a autobiografia do ditador; a segunda abordaria a propaganda nazista; e a última, sua ideologia.
“É um assunto delicado na Alemanha, mas o mais incrível é que a maioria dos alemães não tem acesso ao ‘Mein Kampf' porque há um tabu, essa aura negra que o cerca”, afirmou McGee. “Queremos que o 'Mein Kampf' seja acessível para que as pessoas o vejam pelo que ele é, e depois o descartem. Uma vez exposto, ele pode retornar ao caixote do lixo da literatura”, disse.
Enquanto aguarda o fim do impasse jurídico, ele cogita ir adiante com a publicação deixando os trechos de 'Mein Kampf' ilegíveis, mas preservando os comentários. Ele espera que o livro possa ser relançado na íntegra a partir de 2015, quando a Baviera perder os direitos de publicação.
A Baviera proíbe a publicação do livro por considerar que ele pode contribuir para difundir a ideologia nazista.
(*) com agências de notícias
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