O candidato à Presidência do México pelo PRD (Partido da Revolução Democrática), Andrés Manuel Lopez Obrador, terceiro colocado nas pesquisas de opinião, ganhou um importante apoio interno e o elogio de um velho opositor.
Nesta sexta-feira (03/02), Cuauhtémoc Cárdenas,líder de honra do PRD, anunciou que participará de sua campanha e, ao lado dele, apresentará um projeto de país chamado “O México que nós queremos”. Obrador, em campanha na cidade mexiquense de Chalco, confirmou a informação e disse que um encontro entre as duas lideranças da principal força de esquerda do país será realizada na próxima terça-feira (07/03).
“Essa reunião será o marco pela busca de uma unidade entre todas as forças progressistas, de mulheres e homens de boa vontade que desejem uma verdadeira mudança no país”. Ao ser perguntado se tratava-se de uma reconciliação, Obrador respondeu afirmativamente. “Temos que nos unir, sem ódios, rancores, por uma República amorosa”. Os dois líderes não se encontravam desde maio do ano passado.
Cárdenas se afastou gradualmente da liderança do partido após ter perdido as primárias de 2006 para Obrador,figura em ascensão desde então. È até hoje criticado por não ter apoiado seu rival interno ao final polêmico da contabilização do segundo turno daquele ano, quando a esquerda perdeu por menos de um por cento para o PAN de Felipe Calderón. Obrador alega ter sido vítima de fraude, provocando grandes manifestações durante meses e se autoproclamando “presidente moral” do país.
Mais tarde, em outro momento da campanha, já na cidade de Teoloyucán, também no estado do México, Obrador fez severas críticas a candidato do PRI (Partido Revolucionário Institucional), Enrique Peña Nieto, líder nas pesquisas com cerca de 50% das preferências. Segundo ele, haverá tempo próximos cinco meses para que as mentiras que cercam seu rival sejam desvendadas, apesar de ele contar com massivo apoio da mídia.
“As pessoas já estão se dando conta, estão aturdidas com esse manejo midiático a favor de Peña Nieto. Ele está sendo muito bem tratado na televisão. (…) Eu não falo inglês inglês, mas também não finjo que falo, não fico pronuciando mal, simulando. Os grandes presidentes do México não sabiam falar infles, para isso serve o tradutor. Politicamente isso é até mais favorável,pois ajuda a formular uma resposta”.
Cordialidade
Além do apoio de Cárdenas, Obrador foi elogiado pelo ex-presidente Vicente Fox (2000-2006), que costumava classificar de “populistas” os programas sociais do rival enquanto prefeito da Cidade do México (2000-2005). Segundo Fox, do direitista PAN (Partido da Ação Nacional), enquanto chefe de governo do Distrito Federal, Obrador “foi pioneiro em outorgar políticas públicas aos idosos”.
Fox participou na capital mexicana durante um evento para a apresentação do estudo “Envelhecer no México: Condições de vida e Saúde”.
NULL
NULL
NULL