Na tentativa de contornar a crise política que o Egito vive desde 22 de novembro, o presidente Mohamed Mursi aceitou rever o decreto que aumenta seus poderes e blinda suas decisões no cargo.
Agência Efe
Mursi comanda reunião na última quinta-feira, quando convocou o diálogo nacional para contornar a crise política
De acordo com o primeiro-ministro egípcio, Hisham Qandil, o presidente concordou neste sábado (08/12), durante o diálogo nacional convocado pelo próprio Mursi, a modificar “os assuntos que preocupam algumas partes.
Em uma entrevista ao canal Al Mehuar, Qandil explicou que uma comissão foi criada para analisar o assunto. Quatro pessoas de diferentes tendências formarão o grupo, entre elas ex-candidato presidencial Mohammed Selim al Awa e o político liberal Ayman Nouri.
NULL
NULL
“A crise terminará com o fim da ata constitucional, que está sendo reformada, e digo que a mensagem dos manifestantes chegou, por isso, peço que voltem a suas casas, porque agora há um diálogo nacional” afirmou o chefe de governo.
Não há garantia, no entanto, de que tal mudança acabará com os protestos no Egito, pois uma parcela da oposição não aceitou participar do diálogo convocado por Mursi.
Neste sábado, o jornal Al Ahram publicou que o presidente promulgaria novo decreto, autorizando o Exército a prender manifestantes para conter os protestos no país. Mais tarde, as Forças Armadas do Egito emitiram um comunicado alertando que a ausência de um consenso, por meio do diálogo, poderia levar a um “resultado trágico”.