Dezenas de milhares de espanhóis saíram às ruas neste sábado (23/02) em protesto contra a política econômica do governo liderado por Mariano Rajoy. “Não ao golpe de Estado financeiro. Não devemos, não pagamos”, foi o tema da manifestação, em referência a um golpe de Estado ocorrido há 32 anos e que foi feito por um grupo de militares para tentar pôr fim à então recém-criada democracia espanhola.
Agência Efe
Cerca de 80 cidades registraram manifestações neste sábado, sendo a principal delas em Madri
Os manifestantes também fizeram críticas à postura de Rajoy no que se refere ao caso Bárcenas, no qual ele e outros líderes do governista PP (Partido Popular) são acusados de receberem pagamentos ilegais. Houve gritos de “levam dinheiro por fora e despedem os trabalhadores”.
De acordo com a imprensa espanhola, cerca de 80 cidades registraram protestos hoje. O principal deles ocorreu em Madri, onde quatro grupos começaram passeatas em locais diferentes até se encontraram na Praça de Netuno, no centro da capital do país.
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Os madrilenhos também se mostraram contrários aos cortes em saúde e educação e à privatização de empresas públicas. Na Porta do Sol, tradicional local de manifestações, muitos usavam roupas brancas, em referência à crise nos hospitais.
O protesto aconteceu sem maiores problemas até às 20h locais, quando estava previsto o fim da manifestação. A partir desse horário, os cerca de 2.000 policiais que faziam a segurança do evento tentaram dispersar o movimento, causando alguns confrontos. Ao menos 40 pessoas foram detidas.
Agência Efe
Confrontos com a polícia foram registrados depois das 20h locais, horário marcado para o final do protesto