Agência Efe
Bárcenas diz que não consentiu com sua saída do PP, efetuada em 31 de janeiro
O ex-tesoureiro e ex-gerente do PP (Partido Popular), Luis Bárcenas, entrou nesta segunda-feira (25/02) na Justiça contra o partido governista espanhol por demissão sem justa causa. Bárcenas, que por mais de 31 anos foi o responsável pelas contas do PP, é um personagem central nas denúncias de pagamento ilegal a líderes da sigla, nas quais o presidente de governo do país, Mariano Rajoy, também está envolvido.
Nesta terça-feira (26/02), Bárcenas foi obrigado a entregar seu passaporte à justiça espanhola, depois que um magistrado classificou como de “alto risco” a possibilidade do ex-tesoureiro tentar fugir para não responder ao caso. Ao sair hoje do edifício da Audiência Pública, onde admitiu que teve uma fortuna não declarada de 38 milhões de euros (cerca de R$ 98,5 milhões) em contas na Suíça, ele se recusou a confirmar a ação contra o PP.
De acordo com a imprensa espanhola, no processo aberto nesta semana, Bárcenas afirma que não consentiu com sua saída do PP. O político diz que trabalhava como consultor até o dia 31 de janeiro deste ano, quando foi retirado dos quadros do movimento sem justificativa adequada.
Para o partido governista, a atitude de Bárcenas é parte da estratégia que ele vai adotar em sua defesa e a demissão tem amparo legal. O próprio Rajoy comentou o assunto na semana passada, sem citar o nome do ex-membro do PP, ao dizer que ele não tinha responsabilidade ou relação com o partido “há anos”.
A secretária-geral do partido, María Dolores de Cospedal, afirma que os advogados da legenda entraram em acordo com o ex-tesoureiro, que receberia uma indenização por deferimento da demissão. O jornal El País, no entanto, informa que tal solução não poderia ser adotada no caso de Bárcenas, pois não há motivos e embasamento legal suficientes.
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