Nicolás Maduro foi proclamado nesta segunda-feira (15/04) presidente eleito da Venezuela pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Maduro obteve 50,75 % dos votos na eleição de domingo (14/04), 230 mil votos de vantagem sobre o candidato da coalizão opositora MUD (Mesa de Unidade Democrática), Henrique Capriles (48,97 %).
Agência Efe
Maduro no momento em que recebe o diploma da presidente do CNE, Tibisay Lucena
Seu rival na disputa, marcada após o falecimento do presidente Hugo Chávez em 5 de março, não reconheceu o resultado e exigiu uma recontagem “voto a voto”. Capriles convocou hoje seus apoiadores a realizarem marchas ao redor do país em repúdio à proclamação de Maduro como presidente. Segundos após o início da cerimônia, panelaços e buzinaços foram registrados em zonas ricas de Caracas.
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Defendendo a transparência do sistema eleitoral venezuelano e repudiando os questionamentos da oposição, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, pediu que “ninguém se esqueça de que nosso país é um campeão da democracia. A Venezuela é o país da democracia mais viva da América”. Além disso, Lucena rechaçou declaração da OEA, que defendeu a recontagem de votos. “Desconhecem nosso ordenamiento jurídico interno. Estamos convencidos de que na Venezuela é possível debater em paz”.
Lucena afirmou que Maduro, deverá “completar o período constitucional de seis anos” em 2019. O mandato entrou em vigor no dia 10 de janeiro, quando Chávez, deveria ter tomado posse, embora não tenha podido fazê-lo devido à sua internação para combater um câncer.
A presidente do órgão eleitoral informou ainda que 79,17% dos eleitores (14.967.737 de um total de 18.904.364) foram às urnas no domingo.
Centenas de chavistas, vestindo camisetas e bonés vermelhos, acompanhavam a cerimônia de um telão instalado na Praça de Caracas, situada em frente ao CNE. “Não voltarão, não voltarão”, gritavam os simpatizantes de Maduro.