O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, e seu principal adversário no pleito do último domingo, Henrique Capriles, voltaram a trocar acusações sobre a organização de possíveis atentados no país.
Na madrugada quarta-feira (17/04), Maduro afirmou que o opositor pretende realizar um autoatentado para desestabilizar o novo governo. Para o chavista, a intenção do candidato derrotado é atribuir a responsabilidade do possível crime ao Estado, colocando a população contra o presidente.
“Temos informações que a direita venezuelana está armando grupos “vestido de vermelho” (cor tradicional do chavismo) para simular um ataque. Alertei todas as forças de segurança”, afirmou Maduro em sua conta oficial no Twitter.
O presidente ordenou ao Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) que faça proteção especial a Henrique Capriles para que nenhum ato violento aconteça contra o opositor.
“Em sua loucura, ódio e desespero, a oposição é capaz de fazer tudo. Peço sensatez e que acabe a intolerância e a violência facista”, acrescentou Maduro.
Agência Efe
Capriles quer recontagem de votos; opositor diz que Maduro tentou realizar atentado em sua residência oficial como governador
Em contrapartida, Capriles – também no Twitter – afirmou que “Maduro ordenou um ataque à residência oficial do governador do Estado de Miranda”, onde ele reside.
“Qualquer coisa que aconteça comigo na residência oficial será responsabilidade de Nicolás Maduro”, afirmou o opositor na noite desta terça-feira (16/04).
Existem protestos – alguns violentos – em vários pontos da capital venezuelana e do restante do país. Segundo a procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, sete pessoas morreram ontem em distúrbios. De acordo com o Ministério do Interior, encarregado da segurança nacional, por volta de 63 pessoas ficaram feridas e há outras 170 detidas por envolvimento nos confrontos.
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O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu ontem aplicar “mão dura contra o fascismo”, ao mesmo tempo em que denunciou que grupos opositores planejam um golpe de Estado, após atos violentos em todo país.
O candidato derrotado, por sua vez,suspendeu a marcha marcada para hoje (17) até o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), onde disse que formularia pedido para recontagem dos votos. “Amanhã não vamos nos mobilizar e eu peço a todos os meus seguidores que se recolham”, afirmou Capriles, temeroso de novas manifestações violentas